Neste domingo, 09, na Rede Globo, o "Fantástico" exibiu uma reportagem que trouxe a empresa Audiomix, que agencia nove artistas da música sertaneja e é também responsável pelo evento Villa Mix, envolvida em um esquema de desvio de dinheiro liderado pelo médico Mouhamed Moustafa.
O acusado já havia sido preso em setembro justamente pelo desvio milionário, que teve como alvo a saúde do Amazonas. De acordo com a Polícia Federal, o médico desviou mais de 100 milhões da pasta do estado, sendo que 30 milhões deste total foi investido na Audiomix para comprar direitos de artistas como Israel Novaes, Jeferson Moraes, Rafaela Miranda e da dupla Matheus e Kauan.
A reportagem apresentou uma gravação telefônica em que traz Moustafa revelando por que decidiu investir na empresa. Para ele, o motivo foi a morte do cantor Cristiano Araújo.
"Foi bom eu ter entrado, o Cristiano morrido, eles ficarem ruim das pernas e eu ter entrado. Se não fosse o help que eu dei, 10 pau [sic] de cara, 10 milhões, eles tinham se f****", revelou o acusado em escuta telefônica divulgada pela PF.
A defesa da Audiomix falou com a produção do "Fantástico" e declarou que apenas 20 milhões foram recebidos pela empresa e que, no entanto, oito milhões foram compensados. O advogado, Luis Flávio D’Urso, também garantiu que não teve problema em aceitar Moustafa como investidor porque ele tinha boas referências e que a empresa é apenas mais uma vítima do golpe aplicado pelo médico:
"É pouco provável que o pagamento continue, portanto os contratos vão se encerrar. Se tudo isso se comprovar, a Audiomix é mais uma vítima desse Mouhamad", afirma D'Urso.