Um dos maiores rappers brasileiro da atualidade, Emicida, em entrevista ao G1 publicada nesta sexta-feira, 26, compara a indústria musical nacional a uma fábrica de 'mais do mesmo', referindo-se, principalmente, ao sertanejo universitário.
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Para o músico, os veículos tradicionais como rádio e televisão deviam abrir espaço para outros gêneros da música, o que geraria um maior entendimento da cultura brasileira por parte do público.
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"A indústria é extremamente restrita, exclui muito da produção cultural do Brasil e faz com que a diversidade de um país como o nosso vá pelo ralo", revela o MC que aproveita para pontuar que o Brasil tem vários músicos ricos em suas produções, porém é o sertanejo quem domina todas as paradas de sucesso:
"Acho contraditório que a gente tenha trilhado um caminho com Jair Rodrigues, Elis, Tom, Pixinguinha, Pena Branca e Xavantinho, Racionais, Caetano, Gil, Tom Zé… e, de repente, chega um momento em que o Brasil inteiro é obrigado a escutar e aplaudir um único gênero".
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Emicida revela acreditar que os artistas em geral deveriam pressionar o mainstream para abrir espaços para todos os estilos musicais: "pressionar o mainstream, para que a diversidade exista dentro do universo das FMs e a arte brasileira seja conhecida pela pluralidade".