No sertão do Laranjinha
Escute o que eu vo dize
Foi um causo verdadeiro
Que eu vou contá pra voce
O Sr. Francisco Neve tinha muito bom vive
Levo cachorrada e arma que podia lhe vale
E o sertão do Laranjinha
Lá foi ele conhece
Um dia de tardezinha, era já no escurece
Veio caçula correndo, a chorá e a treme
Ai, mamãe vamos s'imbora se nóis não quisé morre
Que papai, os meus irmão, ai, mamãe nem posso cre
Tão na bataia de bugre nem é impossível de vence
Mas a mãe deseperada nem não pode se conte
Correu e pegou uma arma pra sua gente defende
Ela pegou a espingarda manobrando sem sabe
Mas parece que o destino veio pra lhe protege
Cada tiro que ela dava fazia um bugre geme
O bugre tem capitão, ela pode conhece
No arto de uma peroba fazia os outros ferve
Ela puxou o gatilho, a fumaça nem deixo ve
Ele já se despenco, ai desceu mesmo sem quere
O sinar que fez na terra não vai desaparece
Veno o capitão já morto saíro bugre a corre
Francisco Neve ferido tava atráis do pé de ipe
Ele junto com treis fio pra não chegar a morre
No sertão de Laranjinha inté costuma dize
Só por milagre divino é que podia acontece
compositores: José Perez, João Salvador Perez
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