Conheci o Batistinha no tempo que fui peão
Viajamos muito tempo tirando boi do sertão
Pra laçar um pantaneiro batista era dos bão,
Também era respeitado no lombo de um pagão...
Ele tinha por estima
Um bom cavalo arreado
Um berrante rio-grandense
Com o seu nome gravado
O seu cachorro Gavião
Não saia do seu lado
Três vidas bem diferentes
Num só destino traçado...
A nossa última viagem até hoje estou lembrado
Nas vinha de Aquidauana pra Barretos destinado
Chagando no Porto Quinze, um boi ficou arribado
Pra vir buscar o mestiço Batistinha foi mandado...
A noite foi se passando
E ele não aparecia
Meu coração palpitava
Qualquer coisa pressentia
No outro dia bem cedo
Logo a notícia corria
Do uivar de um cachorro
lá muito longe se ouvia...
Juntamos a peonada pra procurar o peão
Na beira do pantanal vi seu cachorro Gavião
Ali terminava o rastro do seu cavalo alazão
O berrante em cima d’água
Foi que trouxe a solução...
O seu cavalo afundou
Naquele brejo atolante
Levando seu cavaleiro
Pra outro mundo distante
Não encontramos o corpo,
Mas a certeza é bastante
Sei que era o Batistinha
Pela marca do berrante...
compositores: Teddy Vieira
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