Vou te contar aventura
do Joca Ternura,
um sujeito azarado.
Mesmo com um metro e noventa,
dinheiro em penca,
não é bem amado.
Vive encostado na esquina
buscando uma mina
pro seu coração.
Mas nosso Joca coitado,
não toma cuidado,
só leva balão.
Pra começar cama e mesa,
chopp à francesa
é no Petit-gateau.
Manja até de champanhota,
é ruivo e de bota,
freqüenta bistrô.
O nosso herói engomado e
com livro de Sartre,
debaixo do braço.
Sente o funtum, desconfia
do ralo da pia
que havia no espaço.
Joca faz jogo de cena
que aquela pequena
valia a cantada.
Serve uma taça de vinho
que nem Ronaldinho,
armando a jogada.
Água aquecida e banheira
convida a parceira
pra hidromassagem.
Se fosse fraco morria
de susto que via
naquela lavagem.
Só lavo o suvaco
Só lavo o suvaco
Só lavo o suvaco (oooooooooooi) e as partes de baixo
Só lavo o suvaco (Só lavo o suvaco)
Só lavo o suvaco (Só lavo o suvaco)
Só lavo o suvaco (oooooooooooi) e as partes de baixo
Dizem que Freaud explica,
e o Joca se aplica
na compreensão.
Acha uma big lourassa,
cerveja de graça,
chucrute alemão.
Vou terminar esse episódio,
é coisa de pódio,
Schumacher é pinto.
Transa de pós-graduada,
sem tempo pra nada,
de tese tem cinco.
Mas quem não chora não mama,
quem vive de fama
é broto global.
Cai no divã do analista
É crise de exista...
existencial.
A frigidez é tamanha
que o Joca apanha
dum cubo de gelo.
Escorregando assanhado
do bico fechado
num beijo de selo.
Só quer bate papo
Só quer bate papo
Só quer bate papo (ooooooooi)
Que filósofo macho
Só quer bate papo (Só quer bate papo)
Só quer bate papo (Só quer bate papo)
Só quer bate papo (ooooooooi)
Que filósofo macho
De vocação otimista,
o Joca se arrisca
e vai pra Portugal.
Quase era o mesmo idioma
e logo uma dona
foi corpo e sarau.
Tanta ternura na cara
Rosária exalava
um olor de alegria.
Mas escondia um encanto:
Bigode, tamanco
e um gênio ruim.
Cuspia fogo da venta,
Mulher ciumenta,
saía na mão.
Com rapariga atirada
Arranja uma espada
o velho babão.
Joca num golpe de vista,
Bancou o turista,
tava olhando pro lado.
A dama deu-lhe na tromba
e um murro na sombra,
de punho fechado.
Só leva supapo,
Só leva supapo,
Só leva supapo, (oooooooooi)
Bem no meio do tacho
Só leva supapo,
Só leva supapo,
Só leva supapo, (oooooooooi)
Bem no meio do tacho
Quem apanhou nunca esquece
E agora parece
que o Joca aprendeu.
Muito produto importado
é falsificado,
e deu no que deu.
Foi numa roda de samba,
olhando de banda
que viu a Bebel.
Uma mulata ajeitada
com boca de fada e
o Joca no céu.
Pintou amor de verdade
Na impiedade
o caso rendeu.
Teve até treino secreto
pro beijo discreto
que a Bebel lhe deu.
Mas o calor foi guardado
pro seu conjugado
na periferia.
Hoje, afinal, nosso Joca
tem jeito que toca
no tom da alegria.
Eu vou dar um trato,
Eu vou dar um trato,
Eu vou dar um trato, (oooooooi)
Pra acender este facho
Eu vou dar um trato (Eu vou dar um trato)
Eu vou dar um trato (Eu vou dar um trato)
Eu vou dar um trato, (oooooooi)
Pra acender esse facho
Pra acender
Pra acender
Pra acender
Eu vou dar um trato (Eu vou dar um trato)
Eu vou dar um trato (Eu vou dar um trato)
Eu vou dar um trato, (oooooooi)
Pra acender esse facho
Eu vou dar um trato (Eu vou dar um trato)
Eu vou dar um trato (Eu vou dar um trato)
Eu vou dar um trato, (oooooooi)
Pra acender esse facho
compositores: A. de Oliveira,Rodrigo Lessa
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