(Dum rum dum dim)
Lá no morro de Mangueira,
bem em frente à ribanceira,
uma cruz a gente vê.
Quem fincou foi a Rosinha,
que é cabrocha de alta linha,
e nos olhos tem seu não sei que.
Numa linda madrugada,
ao voltar da batucada,
pra dois malandros olhou a sorrir.
Ela foi embora e os dois ficaram.
Dias depois, se encontraram
pra conversar e discutir.
Lá no morro, uma luz somente havia
era a lua que a tudo assistia
e quando acabava o samba se escondia.
(Dum rum dum dim)
Na segunda batucada,
disputando a namorada,
foram os dois improvisar.
E como é toda façanha,
quando um perde, o outro ganha.
Um dos dois, parou de festejar
e, perdendo a doce amada
foi fumar na encruzilhada,
ficando horas em meditação.
Quando o sol raiou, foi encontrado
na ribanceira, estirado,
com um punhal no coração.
Lá no morro, uma luz somente havia.
Era o sol.
Quando o samba acabou de noite,
não houve lua, ninguém cantou.
(Dum rum dum dim)
compositores: Noel Rosa
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