No fliperama do centro meninos drogados
Fazem incessantes viagens
Liquidam naves inimigas,
Viajam em explosões azuis vermelhas
Um desses meninos, o garoto Digoró,
Um rato ligado, um ninja do lixo
Vai mais longe e comete um rapto inesperado
Por qualquer outro ali dentro
Ele sequestra uma nave do fliperama
Que logo habita o céu de Taguatinga
Ele continua brincando de apertar os botões
E de viajar em explosões azuis vermelhas...
Ele se aproxima então do Cine Lara
Ele destrói o Cine Lara
Se aproxima do Cine Paranoir
Ele incendeia o Cine Paranoir
Uma japonesa do fotocubo
Protege fitas de vídeo pornô
Nas mangas do seu kimono de seda...
Ele nota que sua nave está com problemas
E se dirige pra Torre da TeleBrasília
Ele reabastece sua nave
No pico da Torre da TeleBrasília
Nave reabastecida, e então,
Ele se prepara para mais um ataque mirabolante
Com cenas de pânico e muito sangue
Praqueles olhinhos drogados vibrarem de prazer!
Ele detona a Décima Segunda
Desintegra a Décima Sétima
Mãos ainda sujas, há uma hora lavada
Ele aciona o seu detector de rocãs...
Segundos depois, botas carbonizadas,
Pneus em chamas, gatilhos sem dedo,
Vidros quebrados podem ser encontrados
Espalhados em algumas quadras da QNA
O monitor ao lado transmite guerra urbana
Diretamente do setor O-P-3-norte-expansão 77!
Membros do Druf Draus
Uma antiga gangue mutante que existiu há décadas
Invadem as galerias do metrô
E sacrificam homens, mulheres e crianças fanáticas
Que estavam pregando para aquela noite
A volta do Salvador, Digoró não interferiu...
Enquanto isso, na parte sul da cidade,
Em frente à Orca veículos,
Dois camburões passeiam tranquilamente
Subitamente, os camburões são invadidos
Por uma estranha massa alaranjada
Os camburões começam a flutuar,
Os camburões estão flutuando
E são arremessados com extrema violência
No terraço do Kingston Hotel
E explodem maravilhosamente em chamas...
compositores: Natinho
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