Dentro do carro, sobre o trevo, a cem por hora, oh meu amor.
Só tens agora, os carinhos do motor.
E no escritório em que eu trabalho e fico rico,
Quanto mais eu multiplico, diminui o meu amor.
Em cada luz de mercúrio, vejo a luz do seu olhar.
Passas praças, viadutos... nem te lembras de voltar.
De voltar, de voltar.
No corcovado, quem abre os braços, sou eu.
Copacabana, esta semana, o mar sou eu.
Como é perversa a juventude do meu coração,
Que só entende o que é cruel e o que é paixão.
E as paralelas dos pneus n'água das ruas
São duas estradas nuas em que foges do que é teu.
No apartamento, oitavo andar, quebro a vidraça e grito
Grito quando o carro passa: Teu infinito, sou eu.
Sou eu, sou eu, sou eu...
No corcovado, quem abre os braços, sou eu.
Copacabana, esta semana, o mar sou eu.
Como é perversa a juventude do meu coração,
Que só entende o que é cruel e o que é paixão.
compositores: Antonio Belchior
Você é fã de Belchior? Gosta da letra da música?
Compartilhe com seus amigos.