Inunda
O vento que sopra é de carne e osso
Sufoca essa terra e arrasta
O homem disposto
As gotas de nuvem são pedras
Rasgam meus canteiros
Invocam meu mundo sereno
De olhar traiçoeiro
Ah laraia
Quando vai parar, não sei
Nuvem negra nunca foi sinal de tempo bom
Ah... E se a chuva parar eu não sei
Nuvem negra nunca foi sinal de tempo bom
Abusa
A brisa invoca a febre do povo
Confunde seus rastros de água
Com dores do corpo
Desprende lembranças dos tetos
Nessas corredeiras
Esperança na fonte dos verbos
O fim das fronteiras
Ah laraia
Quando vai parar, não sei
Nuvem negra nunca foi sinal de tempo bom
Ah... E se a chuva parar eu não sei
Nuvem negra nunca foi sinal de tempo bom
Promete no fim da promessa
Re-acreditar
Encontra nas horas de tédio
O brilho no olhar
Do caos nascem novas maneiras de re-animar
compositores: Roberta Ditz
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