Das mais hediondas e aterrorizantes raízes das dores da escravatura, surgiu o oposto, surgiu o contrário, de gosto e itinerário, como aquela flor do lodo, mas ao invés das flores de lodo, que são brancas, eram corações de cravos, rosas e rubis vermelhos, pulsantes dentro de corpos negros de ônix azuladas, de tanto negror da noite infinita. Estrelada apenas com o brilho das estrelas dos teus olhos com fulgor de gás neon, trazendo sussuros de elétrons, que se avistam aqui...
O trio eletrônico fabrica
Atômico - adrenalina como um tônico pra felicidade que vê toda vertigeme a viagem da velocidade...
Idiota, segundo os gregos, é aquele que fica parado num canto, lá do Rio
Amazonas vêm os defensores da floresta que nos resta...
O trio eletrônico...
daí se vê, saci-pererê, daqui Odara,a capivara e no escuro delira o curupira e do além vem alguém que pula, é a mula sem cabeça...
na terra do candomblé, sob teto de Oxum e Olorum, viva Cologé, Odara, Amém, Mobatalá...
É o século vinte e um, Mobatalá, todo o ouro de Oxum, Mobatalá, é o século vinte e um, Mobatalá, Odara, Odara...
compositores: ANTONIO BENTO DA SILVA FILHO, MARCOS ANTONIO LAZARO DA CRUZ, PAULO ROBERTO DA ROCHA GAMA, ANDRE JOSE DE FARIAS, HENRIQUE GEORGE MAUTNER
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