Querem saber, vou dizer o nome dela
Sou favela, sou favela
Querem saber, vou dizer o nome dela
Sou favela
Querem saber, vou dizer o nome dela
Sou favela, sou favela
Querem saber, vou dizer o nome dela
Sou favela
Eu sou de um lugar chamando favela
Das ruas de terra, becos e vielas
Gente sofrida que sabe o valor da vida
Que mantém a esperança ainda viva
Soldados são vários, guerrilheiros
Poetas rebeldes, rappers fuzileiros
Braço fiel pelas ruas a família
Sintonizando os rádios em todas as esquinas
Cada mente, uma vítima toma
O mundo é arena, é guerra, é lona
No passo a passo descalço ou de Pony
Literatura com a música é meu bonde
Que vem de lá do fundão do coração
onde cada palavra tem seu peso na decisão
Quem é, é. Sabe de cor
Rap nacional sem medo sem dó
Querem saber, vou dizer o nome dela
Sou favela, sou favela
Canto com respeito por você
favela tão amada que tanto me fez crescer
Quem planta inteligência vai colher no amanhã
o amor que deu a vitória pro Vietnã
Favela não ser arrogante e sem cultura
Favela é saber viver e ter postura
É nós, então seja nós mesmos
É tudo nosso, mas os nossos estão morrendo
Meu rap não ficou acuado, escondido
Saiu do meu caderno e conquistou pais e filhos
Tem tempo, tem nota, tem métrica
Sentimentos, glória, técnica
Um salve, salve. Prontos pro combate
Desistir não é pra nós de verdade
O sonho nosso de cada dia
Apresento a vocês minha família
Querem saber, vou dizer o nome dela
Sou favela, sou favela
Hortolândia minha casa minha quebra
Sou favela, sou favela
A Cooperifa recita por ela
Sou favela
Em cada canto da cidade tem ela
Sou favela, sou favela
Eu acredito no coração da quebra
Sou favela
compositores: Crônica Mendes
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