É a graça da própria desgraça
É o riso, é a raça, é a fé
É o povo engolindo fumaça
A cerveja, a cachaça e o café
É a vida que o destino traça
É um povo que sabe o que quer
É a pressa da gente que passa
É a massa que amassa na praça da Sé
É o samba na ponta do pé
A conversa na porta do bar
É o domingo de futebol, é o sol
Que não insiste em brilhar
A tristeza de ter que partir
A alegria de quando voltar
É o medo, é a vida, é a morte, é a sorte
Que certo um dia virá
É o samba, é o samba, é o samba
É a vida, é a vida, é a vida
É o nosso jeitinho de ser, brasileiro que sabe viver
Olha o samba, olha o samba, olha samba
Olha o povo, olha o povo de novo
Pra sorrir, pra cantar e sofrer
Brasileiro que sabe viver
É a falta de educação, é a falta dentro da área, é a miséria que desfila o ano inteiro
Porque morremos todo mês, porque somos reis apenas em fevereiro?
Ele meteu a mão, era pra expulsão, será que cê não viu seu juiz?
E lá outra vez, por cima das leis, e debaixo do nosso nariz
Eu fico com a bola, eu fico com o samba, mas não esculhamba o nosso país
É o arroz, é o ovo, é mais um dia novo e lá vai nosso povo tentar ser feliz
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