Quem não tomou banho de bacia não é sabedor
Que a água bem quente logo esfria não vá-se embora não
Você vive igual as andorinhas se mudando, se mudando
Vê lá se não quer pousar na minha para parar de fugir,
Parar de fugir, para que fugir tanto
Você me domina desde o dia que o bumba passou
Com graça pegou tudo o que tinha e deu para o boi lamber
Vestida de flores, pedraria, visual umbanda
Esfregou nas fuças da vizinha todo esse seu jeito de ser
Passei na novena da igrejinha pedi pro meu amor
Depois carne seca com farinha na casa de Zé Nestor
Um dedo de prosa e Zé me pôs a par que Júlia nasceu
Coitada da mãe é tão novinha e dizem que o pai ali sou eu
Que graça, sem graça, credo
Tem graça, disfarça e sai pra lá
Que graça, sem graça, credo
Tem graça, disfarça
Entrei pela porta da folia e vi um corredor
Que leva a torre da alegria onde vive seu amor
De lá com asas de andorinha sai voando, sai voando
Vê lá se não quer pousar na minha para parar de fugir,
Parar de fugir, para que fugir tanto
Vejo o quero-quero cantarolar ali por nós dois
E toda janela se abrirá pensando em você
E a saudade pinta o céu de encarnado
Com a água da lavagem do vermelho
E o dia desperta mal-encarado
Em ver toda ajuda desperdiçada
Não vá-se embora não
Que fique em nome da lei
Pra sempre onde eu te alcance
Se você sai voando
Que graça, sem graça, credo
Tem graça, disfarça e sai pra lá [2x]
Credo, tem graça, disfarça e sai pra lá
Credo, tem graça, disfarça e sai pra lá
Que graça, sem graça, credo
Tem graça, disfarça e sai pra lá
compositores: DJAVAN CAETANO VIANA
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