Eu nasci pra ser ginete e viver entre os cavalos
A primeira 'gineteada' foi na perna do meu pai
Que com carinho e ternura me ensinou como domá-los
E me levantar de novo dos tombos que a gente cai
Antes de sentar no lombo de um 'ventena' de verdade
Andei arrancando as 'baldas' de um 'petiço' de taquara
Sei que pra os olhos do velho eu não avancei na idade
E sou aquele "piazito' mesmo com barba na "cara'
Por isso que com orgulho em reverência ao meu pai
Depois de uma 'gineteada' pra ele eu tiro o chapéu
Por maior que seja a fama com o tempo ela se vai
E o pai com filho no colo carrega o maior troféu
Se hoje tenho bons parceiros "amadrinhando" a existência
Foi com ele que aprendi a 'reculutar' amigos
Esta linguagem de campo que eu herdei da convivência
Veio da sabedoria que ele trouxe dos antigos
Me disse que o mais custoso é 'enfrenar' a falsidade
Pois não existe cabresto pra dominar a inveja
O que se fala e escreve não quer dizer que é verdade
E nem sempre a chuva brava vem das bandas que troveja
O meu pai foi o ginete que amansou o meu destino
Pra minha mãe e pra ele eu devo tudo que sou
Me mostrou como ser homem sem deixar de ser menino
E hoje meu filho 'troteia' lá na perna do avô
O meu pai foi o ginete que amansou o meu destino
Pra minha mãe e pra ele eu devo tudo que sou
Me mostrou como ser homem sem deixar de ser menino
E hoje meu filho 'troteia' lá na perna do avô
Por isso que com orgulho em reverência ao meu pai
Depois de uma 'gineteada' pra ele eu tiro o chapéu
Por maior que seja a fama com o tempo ela se vai
E o pai com filho no colo carrega o maior troféu
compositores: Dionisio Costa,Gilmar Goulart
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