Numa Sala De Reboco / Estrada do Canindé
Todo tempo quanto houver pra mim é pouco
Pra dançar com meu benzinho
Numa sala de reboco
Enquanto o fole
Tá tocando, tá gemendo
Vou dançando e vou dizendo
Meu sofrer pra ela só
E ninguém nota
Que eu tô lhe conversando
E nosso amor vai aumentando
E pra que coisa mais melhor
Só fico triste
Quando o dia amanhece
Ai, meu Deus, se eu pudesse
Acabar separação
Pra nós viver
Igualado a sanguessuga
E nosso amor pede mais fuga
Do que essa que nos dão
Ai, ai, que bom
Que bom, que bom que é
Uma estrada e uma cabocla
Uma gente andando a pé
Ai, ai, que bom
Que bom, que bom que é
Uma estrada e a lua branca
No sertão de Canindé
Artomóve lá nem se sabe
Se é homem ou se é muié
Quem é rico anda em burrico
Quem é pobre anda a pé
Mas o pobre vê nas estrada
O orvaio beijando as flor
Vê de perto o galo campina
Que quando canta muda de cor
Vai moiando os pé nos riacho
Que água fresca, nosso senhor
Vai oiando, coisa a grané
Coisas que pra mode ver
O cristão tem que andar a pé
compositores: LUIZ GONZAGA DO NASCIMENTO, JOSE MARCOLINO ALVES
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