O cantor e compositor Frejat, líder do Barão Vermelho, mergulha em mais um trabalho solo. O terceiro disco de Frejat, “Intimidade entre Estranhos”, dá continuidade à sua carreira, trazendo o primeiro grupo de novas composições que ele grava desde 2003.
O novo show traz repertório baseado no recém-lançado álbum como “Eu só queria entender”, “Eu não quero brigar mais não” e “Dois lados”, “Nada além” e “Tudo de bom”. O show conta, ainda, com músicas de outros compositores, como Renato Russo e Adriana Calcanhotto, além de algumas do Barão Vermelho.
Uma produção elegante não apenas no repertório, mas também no formato. Com uma iluminação clean, Frejat sobe ao palco acompanhado por Maurício Barros (teclado e vocais), Billy Brandão (guitarra e vocais), Bruno Migliari (baixo e vocais) e Marcelinho da Costa (bateria e vocais).
Acompanhe a entrevista exclusiva que o cantor concedeu ao site Kboing:
Kboing – O nome do disco "Intimidade Entre Estranhos" tem alguma coisa de experiência do cantor Frejat?
Frejat – Na verdade tem da minha como de qualquer outra pessoa que atente para as várias situações que todos nós vivemos no dia-a-dia urbano, este título e o disco tratam destas relações.
Kboing – Que mudanças você fez no processo de elaboração deste terceiro CD solo em relação aos outros?
Frejat – um núcleo central de músicos para gravar quase todas as músicas mantendo assim uma integridade de execução e depois partia para a fase de detalhamento de uma maneira mais particular para cada faixa.
Kboing – Qual a sua faixa preferida desse novo álbum? Por que?
Frejat – Não tenho, seria o mesmo que eleger um filho favorito.
Kboing – Você diria que em seu trabalho solo você está fazendo MPB?
Frejat – O pop-rock brasileiro sempre fez parte da MPB as pessoas é que demoraram a deixar cair a ficha.
Kboing – Como você faz para agradar tanto ao público jovem, que gosta do som do Barão, quanto ao adulto, que curte o seu trabalho solo?
Frejat – É um presente que a vida me deu. Ter a minha música apreciada por várias gerações.
Kboing – Você esperava ter todo esse sucesso?
Frejat – Eu nunca esperei sucesso de nenhum tamanho, é lógico que você quer que dê certo, mas se ficar pensando nisso vai prejudicar todo o processo de criação.
Kboing – Como você avalia o seu trabalho solo já que esse é terceiro álbum?
Frejat – Acho que esse disco representa a retomada do meu trabalho individual que após os dois primeiros discos estava em franca ascensão e foi interrompido em 2004 para que eu retornasse ao Barão. Agora é hora de eu me dedicar totalmente à sua consolidação.
Kboing – Quais as vantagens e desvantagens de levar uma carreira solo?
Frejat – Tudo na vida tem os dois, por isso eu nem paro pra pensar nisso.
Kboing – O que você ainda tem vontade de fazer, musicalmente falando?
Frejat – Muita coisa, o trabalho individual permite muitas possibilidades e estou pronto para ser surpreendido também.
Kboing – Daqui há alguns anos, você irá completar 50 anos. Essa idade te assusta?
Frejat – Não, mas com certeza o passar do tempo provoca transformações e eu não gosto de me preocupar por antecipação.
Kboing – Em uma entrevista para a rádio Jovem Pan fm, você disse "nunca ir para o show com a mesma camisa que irá usar na apresentação". Você ainda tem essa superstição?
Frejat – Nesta turnê temos um figurino que viaja com o nosso equipamento, então agora não me preocupo mais com isso.
Kboing – Diversos artistas estão lançando ou relançando sucessos em disco de vinil. Você acredita no fortalecimento desse tipo de mídia nos dias atuais?
Frejat – Não, apenas para a pista de dança, mas quem sabe o que será o futuro?
Kboing – A primeira coisa que vem a sua cabeça: "Barão Vermelho" / "Frejat".
Frejat – Rock’n roll brasileiro à vera / Eu.