A minha intenção
Era acabar de vez com isso
Mas eu não consegui
Devido à intervenção do bispo
Não sei se foi o Voltaire
Ou foi um bodegueiro que disse
Que o mundo não se acaba
Quando se ganha um par de chifre
Porque nos grandes lances
Da história universal
Sempre tem um corno
Com algum problema conjugal
Um homem traído, iludido, enganado
Ou é um homem perigoso, ou então é um abestado
É preciso muito equilibrio emocional
um corno esclarecido
É sempre um corno legal
Perigo é o desvio objetal da tal libido
Pois a desilusão
O torna convencido
E o convencimento
É algo assim mesmo cruel
Transforma o cidadão
Num corno vingativo
compositores: MARCONDES FALCAO MAIA, JOSE TARCISIO VALE MATOS
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