Hoje vou descansar, o corpo da ilusão
Feito estrada aberta e céu de quase intenção
A roupa que ser quer, veste o que é vastidão
No cetim da tarde já é tarde no chão
Do corpo, ilusão
Tenho as coisas na mão
Mas nunca quis celebração
Nem verso, nem verão, nem, não
Só as cores que estão
Dentro da gota de nada que pode tudo querer
Cor de ventar a água quando chorar quer nascer
E andar na face espantada com a imagem que se verter
E se for minha a mágoa, e se for como se perder
No corpo, ilusão
Tenho dúvida então
Nunca vou despertar
Nem nunca vou cansar
Nem nunca iludir
Para ser segredo eu nunca vou me vestir
Dou-lhe meu corpo são como quem quer partir
Empunhei o arco para a íris ferir
compositores: Guilherme Guimarães Held,Thalma Neres de Freitas,Tiganá Santana Neves Santos
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