Quando eu acordo tarde, a minha tarde voa
Sobrevoando os dias, eu nunca pouso à toa
De tanto me importar, nem tem mais importância
Exerço diariamente a minha inconstância
De tanto apanhar eu já nem sinto dor
Palavras ferem mais que o soco do agressor
Quem traz pra dentro o que se encontra ao redor
Tende a ficar somente com o que há de pior
E de olhos fechados, o que é que você vê?
Você é de verdade, ou é só o que mandaram ser?
Levante os punhos se não quiser morrer
Depois da treva um novo dia há de nascer
Abrace a sua sombra
Abrace a sua sombra e traga ela pra vida
Às vezes no escuro se encontra a saída
Peguei minhas fraquezas, vesti de canção
Cada momento é um quadro dessa exposição
Eu canto pra tirar do peito esse nó
Que paralisa toda vez que eu fico só
Me tirem tudo, mas me deixem com voz
Enquanto houver um coração batendo em nós
E de olhos fechados, o que é que você vê?
Você é de verdade, ou é só o que mandaram ser?
Levante os punhos se não quiser morrer
Depois da treva um novo dia há de nascer
E quando a luz se apagar
Abrace a sua sombra
Quando a saudade sair
A gente se encontra
Não solta mais da minha mão
Abrace a sua sombra
Tente jamais me esquecer
Abrace a sua sombra
compositores: Lucas César Lima Silveira
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