Amém Calibre 12
O santo que deu fim à humildade
Beatificado pelo ódio
Neo-liberal como uma Ferrari em frente ao Vidigal
Amém Calibre 12
Me ensinaram o que querer
Mas não disseram como ter
E agora os mesmos olhos que pediam
Vão descer
Para exigir (2x)
E não serão mais complacentes
Fazendo vítimas do outro lado da avenida
Mas dessa vez serão brancas bem-nascidas
Para ganhar nitidez
Porque o resto caiu, levantou, caiu,
levantou de novo e escorreu
Nos jornais que só quem é pobre leu
Amém Calibre 12 (4x)
Amém Calibre 12 faz os seus devotos desde os 12
Consumo, consumido, consumado
Serão medo, mas nunca respeito
Incendiando o seu próprio morro
Amém Calibre 12
Porque o poder alucina em qualquer canto (2x)
Tão paralelo quanto (2x)
Escutas telefônicas ilegais e outras manipulações
Pois na boca o mundo beira Beira-Mar
Mas ninguém entende o A.C.M.
E é quando o santo maldito surpreende e sai fora de repente
Porque só bandido pobre morre cedo,
só bandido pobre morre cedo
E nunca é tão cedo pra morrer pobre
Só.
Mas é tarde demais para explicar
Que pra você até o céu é dividido em castas
O sonho termina na vala comum
Calado por um novo absurdo
Adeus Calibre 12 (2x)
Essa disputa vai ter sangue (5x)
Que vai molhar da cabeça aos pés
Essa disputa vai ter sangue
Abalando a confiança dos fiéis
Amém, amém, amém calibre 12 (8x)
compositores: Marcelo Yuka
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