A casca azeda já quebrou
Que nem a onda aqui
Estranho mesmo é o amor
Que invade sem sorrir
O pulso para pra pensar
Vem se espalhando pelo chão
Um jeito cego de enxergar
O sangue em minhas mãos
Que irá queimar
Que cor, de quem será?
Nas unhas tem um pouco d'eu
Nas coxas, o torpor
Congela o instante em que tremeu
Teus olhos de isopor
O pulso para pra pensar
Vem se espalhando pelo chão
Um jeito cego de enxergar
O sangue em minhas mãos
Que irá queimar
Que cor, de quem será?
Perfume estranho ao acordar
Onde será que estou
A tela se alimenta de ar
E o ar do nosso som
A noite acena sem fitar
Pela janela do vagão
Que pro passado irá rumar
E só o perfume então fará
Lembrar que rara sensação
compositores: ALBERTO CONTINENTINO, JONAS DE SA TAPAJOS SANTOS
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