Num roça-roça veiaco, desses de esquentar o sovaco
E dê-lhe xixo de taco que me acheguei bem pilchado
Sosbaiei aquela baia e me embodoquei na raia
Sobrava rabo-de-saia num surungaço enfrenado
Sou qüera que se incendeia pra china que gineteia
E que o destino boleia aos braços a toque de gaita
Me criei com pouca prosa mas se a percanta é formosa
Minha razão é baldosa, minha imponência é de taita
Num balcão fui me benzer, e entrei num chamamé
Só pro dia amanhecer num requebro do compasso
Pra quem ombreia a semana, num talagaço de cana
Reforço a parte da gana e mostro o dono do braço
Num jeitão mui matreiro, fui embalando o candeeiro
Estampa de missioneiro, faço a marca e dito a lei
Redesenhei a minha sina nos olhos de uma china
Que pesquei de relancina e na minha alma guardei
Foi com um entono de galo que embigodei o gargalo
E dancei de a cavalo num sarandeio batuta
No fim, meu pingo encilhado lascou um trote educado
Porque se o peso é dobrado, tem pinguancha na garupa
compositores: Pretto,Pedro Neves
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