Riscando o Lombo a Mangaço
Nem bem o sol desponta olhares no horizonte
O peão genete leva o pago pra mangueira
Taura dos buenos tráz o tempo por parceiro
E a força bruta nas rosetas quebradeiras
O olhar revela uma ânsia domadeira
Ao ver o potro escarciando no alambrado
Pensa consigo vai ser duro essa peleia
E reza um terço esse pelo é indiabrado
Quem ganha a vida no lombro desses rendenas
Aprende cedo quebrar queixo de aborreados
Não perde o facho nos corcovios carboteiros
Potros matreiros se entregam sempre domados
Quando o crinudo sente o peso da ensilha
Arde-lhe o lombo e já dispara corcoviando
Pressente o tombo o velho taura nessa hora
Ao ver o mundo por seus olhos balançando
Por um segundo céu e terra se confundem
E se misturam gritos, coices e pataços
Só usa o mango como último recurso
E doma o potro riscando lombo a mangaço
Quem ganha a vida no lombro desses rendenas
Aprende cedo quebrar queixo de aborreados
Não perde o facho nos corcovios carboteiros
Potros matreiros se entregam sempre domados
compositores: Pedro Neves,Valdetár da Silva Biasi,Alex Brondani
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