Na frente deste rancho
Na sombra dessa ramada
Tomei muito mar de amargo
Já fiz muita sesteada
Tendo a chinoca ao meu lado
Mais linda que uma flor
Eu vivia muito folgada
Um peão apaixonado
Todo enregado de amor
Saudade coisa esquisita
Vive a nos remediar
Ta certo não vale a pena
Mais sempre é bom recordar
Dinoca que já foi minha
Depois de ir pra outro pago
Fiquei tão triste e sozinho
Sentindo a falta do afago
Tu se engabelaste com outro
Depois pra não voltar
E eu fico recordando
Saudade cabresteando
Cantando pra não chorar
Saudade coisa esquisita
Vive a nos remediar
Ta certo não vale a pena
Mais sempre é bom recordar
Rancho velho e abandonado
Tu sentes a mesma dor
Já não abrigas mais nada
Meu velho ninho de amor
Sombra amiga dos meu sonhos
Sombra da minha ramada
Hoje eu venho despedir-me
Com a sua ultima sesteada
Saudade coisa esquisita
Vive a nos remediar
Ta certo não vale a pena
Mais sempre é bom recordar
Se um dia tu retornares
Dinoca que eu tanto quis
Só encontrara as tabeiras
E um coração infeliz
Mais se voltares chorando
Implorando meu perdão
Já não terás margarida
Do meu pobre coração
Saudade coisa esquisita
Vive a nos remediar
Ta certo não vale a pena
Mais sempre é bom recordar
compositores: Paulo César Teixeira
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