Ai que saudade dos velhos tempos
Em que se andava calmamente pelas ruas da cidade
Pegar um bonde no tabuleiro da baiana
Era um costume tão bacana dos rapazes do passeio
Camisa branca de colarinho
Terno listrado de azul marinho
Chapéu de palha, sapato fino
E no cabelo sempre muita gomalina
Chapéu de palha, sapato fino
E no cabelo sempre muita gomalina
Mas hoje em dia, não se vê mais isso não
Ai que sufoco pra pegar a condução
Não sobra grana nem pra gente ir ao teatro
E a gente vive com essa pedra no sapato
Mas que diacho! Ninguém escapa
E o nosso artista nunca passa
De um programa de calouro
Olha a Buzina, lá vem o rapa,
E nessa surra no poleiro
Quem apanha é sempre o povo
Seu delegado, eu sou honesto
Trabalho duro, me viro a breca
Na Tiradentes eu faço ponto
Nas horas extras eu ainda sou boneca
Na Tiradentes eu faço ponto
Nas horas extras eu ainda sou boneca
Diz quem me diz, eu sou solteiro e vacinado
Pago meu PIS, tenho meu fundo garantido
Gradualista, muito bem remunerado
E ainda recebo honra ao mérito de otário
Mas que diacho! Ninguém escapa
E o nosso artista nunca passa
De um programa de calouro
Olha a Buzina, lá vem o rapa,
E nessa surra no poleiro
Quem apanha é sempre o povo
Seu delegado, eu sou honesto
Trabalho duro, me viro a breca
Na Tiradentes eu faço ponto
Nas horas extras eu ainda sou boneca
Na Tiradentes eu faço ponto
Nas horas extras eu ainda sou boneca
compositores: SARAH BENCHIMOL, MARIA DE FATIMA GOMES NOGUEIRA, JOSE GUARACY COSMO RODRIGUES
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