Dobro o rodo e passo a régua
E quem tentar me derrubar
Homem que quer ver meu fim ta caçando
Sarna pra se coçar
Pra nascer outro igual eu
Vai tempo eu sei que demora
Porque quando deus me fez
Ele jogou a receita fora
Sou um caboclinho esperto
E não tem anda que me dobra
Já passei desodorante
Ate no suvaco de cobra
Cortei orelha de sapo
No fio do eu canivete
Derrubei um avião
Com um estilingue e um chiclete
Eu enfrento onça no tapa
E mato boi no pescoção
Dou rasteira em serpente
Faço barba de leão
Travesso mar no nado
Seguro raio na Mao
Eu já desmatei serrado
Com faca de corta pão
Joguei lagarta pra cima
No ar virou borboleta
Os versos desse pagode
Só sai da minha caneta
Eu vou falar a verdade
Pois mentira não adianta
Pra poder cantar pagode
Tem ter peito e muita garganta
Pra fazer o que eu faço
Só Deus que esta lá no céu
Quem provar que eu estou mentindo
Pra ele eu tiro o chapéu
compositores: João Carreiro
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