Vai boiadeiro que a noite já vem
Guarda o teu gado e vai pra junto do teu bem
De manhazinha quando eu sigo pela estrada
Minha boiada pra invernada eu vou levar
Quando as cabeça é muito pouco é quase nada
Mas não tem outras mais bonitas no lugar
Vai boiadeiro que o dia já vem
Levo o teu gado e vai pensando no teu bem
De tardezinha quando eu venho pela estrada
A fiarada ta todinha a me esperar
São dez fiinha é muito pouco é quase nada
Mas não tem outros mais bonitos no lugar
Vai boiadeiro que a tarde já vem
Leva o teu gado e vai pensando no teu bem
E quando eu chego na canssela da morada
Minha Rosinha vem correndo me abraçar
É pequenina é miudinha é quase nada
Mas não tem mais bonita no lugar
Vai boiadeiro que a noite já vem
Guarda o teu gado e vai pra junto do teu bem...
Seu doutô os nordestino têm muita gratidão
Pelo auxílio de sulista nessa seca do sertão
Mas doutô uma esmola a um homem qui é são
Ou lhe mata de vergonha ou vicía o cidadão
É por isso que pidimo proteção a vosmicê
Home pur nóis escuído para as rédias do pudê
Pois doutô dos vinte estado temos oito sem chovê
Veja bem, quase a metade do Brasil tá sem cumê
Dê serviço a nosso povo, encha os rio de barrage
Dê cumida a preço bom, não esqueça a açudage
Livre assim nóis da ismola, que no fim dessa estiage
Lhe pagamo inté os juru sem gastar nossa corage
Se o doutô fizer assim salva o povo do sertão
Quando um dia a chuva vim, que riqueza pra nação!
Nunca mais nóis pensa em seca, vai dá tudo nesse chão
Como vê nosso distino mercê tem na vossa mão
Mercê tem na vossa mão
compositores: JOAO CAVALCANTI, KLECIUS DE PENNAFORT CALDAS
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