O sol caindo num fim de tarde de primavera
Formou a cena de dois valentes e uma ameaça
De um embate que o cio das fêmeas já anunciava
Onde um guerreiro vai contra outro pra honrar a raça
Um touro pampa, marca de copa, espichou sua sombra
Além das patas no chão vermelho do corredor
À sua frente um touro osco escondendo o sol
Mandou sua sombra bancar a ponta e ir de fiador
Por algum tempo mostraram armas cavando a terra
E não froxaram porque um taura nunca se assombra
Por sobre o campo dois vultos negros que o sol formou
Só se torearam, pois eram touros e as suas sombras
Por muito menos, tocaram adiante o gado manso
Abrindo covas, vestindo o lombo de pasto e terra
E o mesmo ciclo que faz os touros baterem guampa
Faz as novilhas incharem o ventre por esta guerra
Pra longe o vento leva em clarins os seus mugidos
Que tocam carga enquanto afiam pontas de lança
Vai entonado o touro osco bancando a frente
E o touro pampa fareja a sombra e então avança
Mediram forças firmando a cascos cada investida
E os dois por conta no mesmo instinto, depois pararam
Com o sol caindo, ficaram as marcas na flor do campo
E as sombras mansas, duas valentes que nem pelearam
E um touro assim, por ser touro, fareja a sombra e se vai
E um touro assim, por ser touro, fareja a sombra e se vai
E um touro assim, por ser touro, fareja a sombra e se vai
E um touro assim, por ser touro, fareja a sombra e se vai
compositores: Gujo Teixeira,Juliano Gomes
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