Faz tempo que eu madrugo versos quase sem querer
Pra alma recordar seu jeito de não te esquecer...
E trazer para o redor do fogo mais lembranças tuas
Dessas que a gente, depois das luas,
Cevava um mate pra amanhecer..
Parece até que o mesmo mate esqueceu seu gosto
Depois que uma velha saudade repontou teu rosto...
E um jeito que trazia o brilho de olhar moreno
Chegou povoando meus sonhos pequenos
Que tinham cismas de serem teus
Ah! minha flor pequena...
(dessas que nascem pelos rincões)
Trazendo a graça das corticeiras
Enfeita a tarde por ser tão bela
Deixa meu sonho acordar o teu
E o meu silêncio te adormecer
Quando a saudade vier me ver
Com teu sorriso...
...na minha janela
Sempre que meus sonhos tantos saem por aí
E levam junto minha alma pra perto de ti...
Eu guardo bem os meus silêncios porque eles sabem que são só meus
E quase já não cabem na casa grande do coração..
E eu que andei tão distante me encontrei em mim
Sem mesmo perceber que a vida pode ser assim...
Ter a graça de uma flor bonita, dessas curticeiras
E ao mesmo tempo ser por inteira
Aquilo tudo que já sonhou
Ah! minha flor pequena...
Que traz guardada sonhos demais
Deixa que a alma mostre teu rumo
Que anda hoje perto do meu
Traz teu sorriso de flor vermelha
E aquele brilho do teu olhar
Toda saudade pra se matar...
Que o dia ainda...
...não anoiteceu!!
compositores: Luiz Marenco
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