Hey, hey
Querida ouça
Os ratos do meu deserto coração
Estão comemorando e convidando
Abutres e serpentes
E esperam meu erro fatal
Para começar o banquete
E depois da devastação total
Eu pergunto, querida
Você fotografará
Toda a minha alma
E isso me dá uma dor terrível
Eu ainda estou vivo
Querida, cuidado
Pois os ratos conseguem resistir a tudo
Sei que seus negros pensamentos
Se proliferam, crescem e engordam
Com puror e profunda dor
Sei que ao menor sinal
Eles me enterraram vivo
Sem tempo se quer de tossir
Mas quem sou eu afinal
Que à espera da morte só faço viver
Ainda estiu vivo
Olha aqui, criança
Agora que começou a sangrar
Vejo qu você sorri
No seu rosto belo e conformado
Só vejo pensamentos deformados
Não sei se é bom ser vegetariano
Mas a carne é tenra e fraca
Agora vamos mais devagar
Pois já estamos exautos
E quem morreu não fui eu
Foram os nosso ratos
Gordos e saborosos, esses ratos
compositores: O. Vecchione
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