Sinto a sua presença minhas raízes onde quer que eu vá
Sigo atravessando pontes e portas
Porque eu vim de lá e eu levo o cheiro da comida (fé)
O jogo de botão (fé)
Futebol descalço (fé)
O meu pé no chão (fé)
Acendendo sonhos em cada instante que eu sobrevivi
E é sobre viver que me faz voltar pra minha raiz
E é assim que eu quis e quero
Escrever minha história
Que é de João do Vale o poeta do povo na minha memória
Que leva do banzo a quizomba
E me faz tirar onda
E levar consequências e queimar tudo até a última ponta (por que)
A música manda no corpo e na alma
De um lugar concreto e de fala
De tambor que luta que é resistência mas também acalma
Da vela acesa (chama)
Da filha de oyá (chama)
De gente que brilha cheia de axé
Sabe como é que é (chama)
Chama no Kalundu, Embaúba, jatobá
Chama no Kalundu, candongueiro e guaia
compositores: Marcelo Peixoto
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