Eu não gosto das coisas que eu vejo,
meu maior desejo não eu sei qual seria.
Não penso em nada que eu queira
além da primeira cerveja do dia.
Hoje eu tenho certeza
que gosto muito mais do bar vazio,
começo sentado na mesa
mas sempre acabo no meio fio.
Me sociabilizo até bem,
mas sempre que posso evito,
por que eu sei que o menor atrito
pode um mecanismo acionar.
Melhor deixar como está por aqui
pra não ter que contar com o destino
eu não tiro a razão do assassino
em vários casos que vi.
Mundo horrível, gente desprezível,
a quem vou me justificar
tão difícil, em respeito ao vicio,
deixar o conforto do bar.
Eu não sei se o que eu penso está certo,
ou se eu parto de um mal julgamento,
pois metade do mundo eu não quero por perto,
e a outra metade eu lamento.
Eu não fiz esse mundo ruim,
mas talvez eu ajude a deixa-lo pior.
Devo ser um monstro sem dó,
por que na verdade eu não tô nem ai.
Mundo horrivel gente desprezível,
a quem vou me justificar
tão difícil, em respeito ao vício,
deixar o conforto do bar.
compositores: MARCO ANDRE ALVARES DONIDA
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