Ei patrão, olha só quem vem ali
O hippie da cidade não quis ir embora não
Não dá pra acreditar que ele ainda está de pé
E caminhando em nossa direção
Foi muita coragem ter aparecido aqui
De certo a nossa língua não entende muito bem
Sempre que dissermos "saia" é pra sair
Mas se quiser ficar, pois bem
A discussão é natural em qualquer desentendimento
E tudo é só questão de opinião
Exatamente como eu estava lhe dizendo
Maldito hippie sujo
Quero que vá embora
Saia já daqui!
Ei patrão não sei mais o que fazer
Quanto mais eu bato nele, mais ainda ri de mim
Ta lá desde ontem pendurado pelas mãos
E nem parece achar ruim
Ei seu hippie imundo, o que há de errado com você?
Querendo esculhambar com a tradição do nosso povo
Pega o marcador de gado lá pra gente ver
Se ele vai aparecer aqui de novo
A discussão é natural em qualquer desentendimento
E tudo é só questão de opinião
Exatamente como eu estava lhe dizendo
Maldito hippie sujo
Quero que vá embora
Saia já daqui!
Ei patrão, não sei como lhe dizer
Mas eu vi mais de quarenta deles vindo pelo rio
Sei que lá no alto na estrada tinha uns cem
E ali no pasto, mais de mil
E o hippie se levanta e diz: "agora é minha vez!"
Quero que vocês, porcos, ouçam muito bem
É bom que amem mesmo a terra de vocês
Pois daqui não vai sair ninguém
Em pouco menos de uma hora já estavam todos mortos,
Todos espalhados pelo chão
De tudo isso resta o ódio como herança,
Nada de esperança
Só mais uma historia e que não acaba aqui
compositores: MARCO ANDRE ALVARES DONIDA
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