Arriei meu burro preto que tinha o nome de cigano,
eu sai cortando estrada de madrugada fazendo plano,
eu já tinha combinado pra ir roubar a filha de um goiano,
levei meu 30 na cinta do cabo branco e um palmo de cano...
O goiano era um perigo que dava medo a toda gente,
mais ageitava bate fundo, era mesmo um homem valente,
não tinha medo de nada até parecia ser uma serpente,
eu tinha toda certeza que seria mesmo um tempo quente...
eu cheguei na casa dela de madrugada estava garoando,
ela beijou sorrindu de alegria estava chorando,
joguei meu bem na garupa e com aquela flor voltei galopando,
agente da minha casa preocupado estava me esperando...
o goiano quando soube, bateu em cima me procurando,
trazendu uma baita lapiana e pela estrada vinha riscando,
logo vieru avisar para ter cuidado com o tal goiano,
que vinha que nem boi bravo que até a sua sombra vinha insultando...
Quando avistei o goiano eu fiquei firme na minha defesa,
ele paro em minha frente e até tremia de tanta bravesa,
chego pra bem perto de mim e foi falando com delicadesa,
eu acho melhor assim casando fugido menor a despesa.
compositores: WALDEMAR DE FRANCESCHI, VERANICE GORNIK RODRIGUES DE OLIVEIRA
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