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Entrevista: Jeito Moleque

25 de maio de 2009, 16h43, por Da redação, por Tatiana Pires

Formado por Bruno Diegues (voz), Alemão (percussão), Carlinhos (cavaquinho e vocal), Felipe (banjo, violões e vocal) e Rafa (percussionista), a banda jeito Moleque planeja lança um novo trabalho, em dois formatos, CD e DVD,no segundo semestre deste ano.

Ouvir Jeito Moleque no Kboing

Em entrevista exclusiva ao kboing, o percussionista do grupo, Rafa, falou sobre os próximos projetos, além de contar um pouco sobre a trajetória da banda, o compromisso com o Meio Ambiente e as ações ambientais promovidas por todos os integrantes do Jeito Moleque.

A seguir, confira a entrevista:

Kboing – Como foi que surgiu o grupo?
Jeito Moleque –
O grupo surgiu após partidas de futebol em um clube na zona norte de São Paulo.Era só para um lazer, curtição.Começamos então a ensaiar no fim de semana, a tocar em churrascos de amigos e barzinhos pequenos. O que, de início, era saudável, a brincadeira começou a tomar forma profissional quando, em dezembro de 1998, passamos a tocar aos domingos num bar da Vila Madalena (SP). O público começou a crescer e fomos tocar em lugares maiores. Aí veio CDs, DVDs e shows pelo Brasil inteiro.
Mas, os anos da consolidação da nossa carreira foram 2004 e 2005. Enquanto aumentava o número de shows e de público em 2004, crescia também a execução nas rádios da faixa que dava título ao primeiro CD do grupo, “Eu Nunca Amei Assim”, que chegou a ficar entre as 10 músicas mais tocadas pelas rádios de São Paulo. E o inevitável aconteceu: o Jeito Moleque se tornou alvo da atenção de uma grande gravadora multinacional, a Universal Music, líder da indústria fonográfica em âmbito mundial. Em janeiro de 2005, assinamos com a Universal Music um contrato que teve efetivamente início com a gravação, em 2005, do CD e DVD “Me Faz Feliz”, captados ao vivo em show na casa Olympia, uma das mais tradicionais de São Paulo (SP).
 
Kboing – E qual o motivo para a escolha do nome "Jeito Moleque"?
Jeito Moleque –
Jeito Moleque é o nome de uma música do Zeca Pagodinho e quando começamos a pesquisar nomes, cada um fez uma lista com alguns e na minha lista (Rafa) tinha Jeito Moleque e quando falei todos acharam que era a nossa cara, pela idade e o som que queríamos fazer.
 
Kboing – Como vocês lidam com o assédio das fãs?
Jeito Moleque –
Lidamos de uma forma muito natural, com brincadeiras para deixarmos os fãs totalmente a vontade sem aquela barreira de artista.
 
Kboing – O que mudou na vida de vocês depois do sucesso do grupo?
Jeito Moleque –
Mudou um pouco pelo reconhecimento, mas continuamos fazendo as mesmas coisas que fazíamos antes do sucesso. A parte ruim é que, quando vem o sucesso, aparece muita gente querendo se aproveitar disso. Muitos primos, tios que a gente nem sabia que tinha (risos).
 
Kboing – Vocês se classificam como sambistas ou pagodeiros? Vocês se incomodam com este tipo de rótulo?
Jeito Moleque –
Nos classificamos como Jeito Moleque. A nossa essência é o samba e o pagode, mas nosso som mistura muitos estilos e, com isso, criamos nossa personalidade.
 
Kboing –  Na opinião de vocês, o pagode é discriminado?
Jeito Moleque –
No passado não muito distante, os pagodeiros fizeram muitas besteiras e quem veio depois acabou ficando com a mesma fama, mas graças a Deus agora as pessoas começaram a respeitar mais.
 
Kboing – O segundo DVD da carreira, "Jeito Moleque Ao Vivo na Amazônia", é um projeto que o grupo fez pensando no meio ambiente. Como surgiu essa idéia de abordar esse assunto e qual o objetivo?
Jeito Moleque –
Esse projeto começou em setembro de 2006 e em 2007 gravamos o DVD na Amazônia. O Jeito Moleque recebeu o convite da empresa OAK – Educação e Meio Ambiente – para fazer um show de caráter ambiental. Nascia o show “Neutro em Carbono”, que estreou na casa carioca Claro Hall (atual Citibank Hall) com grande sucesso de público (mais de oito mil pessoas). Além de projetar em cena vídeos educativos, o grupo Jeito Moleque se compromete, a cada apresentação neutra em carbono, plantar árvores para neutralizar o gás carbônico emitido durante os shows e, assim, não contribuir para a preservação do efeito estufa que vem desencadeando o aquecimento global. Na verdade, somos a ponte entre a empresa OAK Educação e Meio Ambiente e o nosso público.Tentamos conscientizar essa galera que se cada um fizer um pouco, podemos sim diminuir muito os danos causados na Mãe Natureza.
 
Kboing – Quais são as outras ações do grupo visando à conscientização ambiental?
Jeito Moleque –
Cada um individualmente já faz a sua parte no dia-a-dia. Se cada brasileiro pensar dessa maneira, já ajuda e muito. Desde o início do projeto ambiental, em 2006, já foram plantadas 4.200 mudas; além disso, o grupo aposta em atitudes simples, como a utilização de papel reciclado em todo o seu material de divulgação.
 
Kboing – Quais são os próximos projetos do Jeito Moleque?
Jeito Moleque –
No segundo semestre gravaremos outro CD/DVD provavelmente aqui em São Paulo, com muitas músicas inéditas e muita novidade bacana para os nossos fãs.
 
Kboing – Por favor, deixem um recado pra todos que gostam do grupo.
Jeito Moleque –
Muito Obrigado pelo carinho do Brasil inteiro, que sempre recebeu o Jeito Moleque de braços abertos. Sem vocês nada disso faria sentido. Nosso som é feito pra vocês. Grande beijo.

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