DJ há 14 anos, Digo Cavalcante já marcou o seu nome na história da música eletrônica brasileira. Em uma breve entrevista ao Kboing, Digo Cavalcante respondeu perguntas sobre o início da carreira como DJ e sua visão da cena eletrônica.
Kboing – Qual o estilo você toca? Há quanto tempo é DJ?
Digo Cavalcante – Techno/Minimal/House toco há 14 anos, desde 1995.
Kboing – Como você vê a trajetória da música eletrônica?
Digo Cavalcante – Tivemos sua fase de modismo, de críticas fortes, fomos relacionados no começo com o homossexualismo depois foram as drogas, acredito que está se posicionando novamente, mas agora da melhor forma já visto, está tendo o mérito e respeito como um instrumentista (violinista, pianista...). Acredito que a e-music ficou, estamos aí atuando desde a década de 90.
Kboing – Qual foi a noite mais lotada de apresentações de sua vida? E a mais memorável?
Digo Cavalcante – "I LOVE TECHNO" em Cuiabá (MT), onde toquei junto com o Marco Nastic, tinha um público presente em pista cerca de seis mil pessoas, todos com os braços para cima, foi fantástico.
Kboing – Você tem alguma forte influência ou admiração por algum nome da música eletrônica?
Digo Cavalcante – Sim, dos brasileiros o nome que mais respeito é Mau Mau, tenho uma grande admiração por seu trabalho, acredito também que ele seja um dos melhores do mundo, dos nomes internacionais, meus favoritos são: Laurent Garnier, Charles Sing (Technasia) e Sven Vath, 3 grandes artista mundiais que já tive o privilégio de tocar junto, eles são o máximo.
Kboing – Qual a sua opinião sobre o psytrance produzido atualmente?
Digo Cavalcante – Acho que está se definindo, estão meio perdidos ainda, depois da onda modista e passageira do Full On, começaram a sacar que som não é só um monte de ruído, começaram a cuidar do timbre e o mais importante na minha opinião, seguraram o BPM (batida por minuto), as músicas começaram a ter fundamento, uma maior riqueza sonora. Nomes que se destacam atualmente no Brasil: são Gabe, Re Dupre, ótimos DJs, suas faixas são muito bem construídas. Não toco as músicas desses artistas citados, mais respeito seus trabalhos.