Chorei, silencioso a minha dor
Carpi o mal de ter-te um grande amor
A vida para mim tem sido atrois, arpia
Não tive em minha vida um só minuto de alegria
Chorei, chorei a minha desventura
Lancei-me então no abismo da amargura
Só porque tu não soubeste
Compreender o meu coração
Condenaste uma existência eterna solidão
Na mansão tristonha e solitária da dor
Sou tal qual o monge que professa a resignação
Hoje na desventura esquecer procuro esse amor
Essa dor cruel como só sabe ser a dor de uma paixão
Nas tardes invernosas quando ouço o canto crepuscular
Dos pássaros canoros que trazem vida a minha solidão
Sinto uma furtiva lágrima fria a rolar
Despedaçando o meu dorido coração
compositores: Alvaro Nunes,Leonel De Azevedo
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