Nosso amigo Ventinho
Era uma vez uma Ventinho muito bonitinho alegre
e serelepe, ele vivia fazendo estripulias pelo céu
sua mãe dona Ventania educava Ventinho muito bem
- Meu filho um Ventinho bem educado tem que saber
suas obrigações, levantar bem cedo fazer seu
trabalho direitinho e não andar por aí fazendo
bobagens
- Ah! mamãe e brincar?
- Brincar também, brincar é obrigação de criança
As brincadeiras de Ventinho eram muito divertidas
voava pelos céus com seus amiguinhos os outros
Ventinhos e com sua amiguinhas as Nuvens
As Nuvens gostam muito de Ventinho porque ele
levava todas para passear as Nuvens viviam
chamando Ventinho
- Ventinho, me leva pra dar uma volta em cima do
mar, mais não me deixe cair hein?
Ventinho levava as vezes era Ventinho quem
convidava
- Vamos dar uma volta do outro lado da montanha?
E as Nuvens iam com Ventinho e seus amiguinhos,
mais na hora de trabalhar Ventinho fazia tudo
direitinho, bonitinho. Logo de manhã bem cedo
Ventinho ajudava o papai que era um vento muito
forte a levar os barcos dos pescadores para o
mar, as velas dos barcos eram muito rabugentas
- Ai cuidado não empurre com muita força, cuidado
com meu remendo
E havia uma muito novinha que era dengosa
- Ai, ai, ai, não me façam cossegas
Ventinho tinha também outras obrigações, logo que
as lavadeiras punham as roupas na corda, ele corria
para secar, e ele gostava de balançar as roupas para
lá e para cá, e o catavento em cima da igreja, era
ventinho quem girava com ele para mostrar a direção
do Senhor Vento teu pai, e o galo do catavento
gostava do Ventinho, porque ele contava histórias de
outros lugares por onde andava.
- Ontem sabe eu ví um foguete subindo para a lua e
ele fazia mais vento do que o papai.
Quando Ventinho voltava para casa, gostava de espiar
pelas janelas o que as crianças estavam fazendo, todos
os dias ele ia ver o que se passava na escola, ele
conhecia todos os meninos e até a dona Ester a
professora. Naquele dia havia uma grande reunião, todas
as crianças estavam na sala, e as professoras estavam
combinando uma grande festa, Ventinho muito curioso
entrou pela veneziana levantando a cortina até o alto.
Dona Ester que era muito friorenta reclamou logo
- Ai qie frio, fecha essa vidraça,
Rodrigo correu e fechou, Ventinho percebeu que tinha
ficado preso correu de um lado para o outro procurando
uma saída mais como não encontrou, sentou em cima do
armário esperando que abri-se uma porta para ele sair
As crianças estavam muito contentes.
- Que bom vai ser uma festa linda
Dona Ester dizia
- Vai ser tudo lá no pátio, tomara que não chova.
- Dona Ester eu quero me fantasiar de borboleta.
Estavam combinando montar uma peça de teatro, para
comemorar o dia da criança, Tomara que não chova
pensou Ventinho e aproveitou quando Rodrigo abriu
a porta e foi embora voando para casa.
O tempo passou mais Ventinho não esqueceu os meninos
da escola, todos os dias quando voltava de seu
trabalho, espiava os progressos que a festa ia fazendo
primeiro armaram um grande palco no pátio da escola,
depois começaram os ensaios, era muito engraçado ver os
meninos imitando bichos, fazendo caretas, dançando
e cantando, até que chegou o dia da festa todas as
crianças vestiram as suas fantasias na maior alegria
sorriam brincavam, Pedro vestido de macaco pulava,
saltava e fazia muitas caretas.
Raimundo vestido de leão muito cabeludo, pregava susto
em todo mundo, Mariana muito assanhada estava vestida
de borboleta, e Dona Ester com seu vestido de babados
muito contente via que os meninos não haviam esquecido
de nada, mais Ventinho estava muito preocupado, pois
lá no céu, lá no cantinho do céu, alguma coisa não
parecia muito certa, aquelas nuvens gordas, muito gordas
muito escuras faziam umas caras que não enganavam ventinho
-Ai, ai, ai se o primo noroeste aparece agora, temos chuva
na certa
O primo noroeste era um vento muito esquisito, as vezes era
bonzinho levava chuvas para as fazendas, para as hortas,
para as plantações, mais quando estava de mau humor só queria
saber de estragar festinhas e lá vinha ele de cara feia
empurrando as nuvens, cantando, berrando
- Tomara que chova três dias sem parar, tomara que chova três
dias sem parar, sem parar, sem parar, sem parar, sem parar,
sem parar, sem parar
As nuvens reclamavam
- Ai que vento mais bruto não precisa empurrar desse jeito
E o Noroeste assoviando.
- Vamos suas nuvens molengas, vamos acabar com aquela festa
lá em baixo
Ventinho quando viu aquilo não teve dúvidas, correu ao
encontro do Noroeste pedindo.
- Ah Noroeste, não faça isso, as crianças estão tão contentes
com a festa.
- Ora Ventinho deixa de ser bobo, que, que adianta você
defender os meninos eles nem sabem que você existe´, o que
que você lucra com isto?
- Você o quê, que você lucra destruindo a festa deles?... seu
vento sem coração. Vento de ventilador.
Então Ventinho teve uma idéia, saiu voando, voando e foi buscar
todos os ventinhos seus amiguinhos, Trouxe a brisa, a aragem, a
viração, o golpe de vento, e até o vento encanado, só não trouxe
o redemoinho que é um vento muito enrolado coitado, e todos
juntos começaram a empurrar as nuvens pra bem longe, e as nuvens
que eram amigas do ventinho, se faziam bem levinhas para ajudar,
e o Noroeste apesar de ser um vento muito forte, não podia com
todos os ventinhos juntos, as Nuvens foram se afastando e o sol
foi surgindo. Os meninos ficram todos contentes.
- Olha o sol apareceu, o vento está levando as nuvens para longe
- Não vai mais chover
Ventinho muito orgulhoso sabia que ele é quem tinha salvado a festa
e ele nem se encomodava se os meninos sabiam disso, e agora você já
conhece Ventinho, quando você vir a roupa balançando no varal, os
barcos com suas lindas velas se afastando no mar, quando você
espiar pela janela e as nuvens estiverem correndo pelo céu, você já
sabe quem empurra todas elas, e você sabe que ele é muito seu amigo
é o nosso amigo Ventinho.
compositores: Ruth Rocha
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