Refrão - (2x)
Desde criança que eu ouço sirenes e não (não)
Não quero isso para a minha vida
A rua nunca foi saída
Desde criança que eu ouço sirenes e não (não)
Não quero isso para a minha filha
Por isso procurei mudar de vida, mas
Verso - 1
Se a rua chama por mim eu não posso tirar o pé
Bandido desde de puto meu tropa tu queres o que?
Minha vida era loucura o meu futuro era a cana
Mas tirei o pé da lama e mantenho a minha fé
Agarrei me ao RAP com unhas e dentes
Fiz o que tinha a fazer e não falhei o compromisso
Todos diziam tu vais ser como o teu pai
E a minha cota dizia tu não podes papar disso
Vi lágrimas e sorrisos e vi muito subir montanhas
Para cair do precipício, vi tanto a ficar na merda
A cair sem para-quedas na rua a cravar moedas
Para poder matar o vicio
Ossos do oficio, eu na minha vida louca
Para o meu próprio beneficio
Não se passa nada hoje estou trancado no estúdio
Enquanto está de viagem com jarda no orifício
Manda vir, há muito na corrida 20 pacotes no bolso
E o homem pronto para a rotina
O que é que queres ? Sou o louco da família
Vais me apanhar no mato
A dar com os cornos na batida
A vida sobe e desce
Tu cresce com ela desde de puto que sou peste
Não pintes a minha tela
Tu sempre soubeste o que é uma vida bela
Não venhas para aqui dizer que saíste da favela boy
E é só naquela boy se a nossa vida doí
E há muito mother fucker que anda a fazer saber
Toma boy se a minha dica moí
É porque pinto o que sinto e não minto a escrever
Eu agora quero viver e como deves saber
Quem não deve não teme
Sempre o mesmo soldado
Mas sou um homem mudado
Cansei de ser acordado com o barulho da sirene tropa
Refrão - (2x)
Desde criança que eu ouço sirenes e não (não)
Não quero isso para a minha vida
A rua nunca foi saída
Desde criança que eu ouço sirenes e não (não)
Não quero isso para a minha filha
Por isso procurei mudar de vida, mas
Verso - 2
Se eu não mudo o que sou e o meu som vem da rua
Não posso largar o mundo que me criou
Há muito que pensa que avança e não avança só recua
Quando vês a Lua é como o dia começou
O jogo que tu jogas o teu mano já jogou
Por isso tu não dês para player
Quando a coisa fica feia tu vais chamar a plateia
A plateia bazou, aqui é cada um por si
A vida é uma merda mas tens que viver
Tu olha por ti, agarra na tocha e tenta acendê-la
Andei na má vida e não era uma vida má
Se a guita comanda a vida, mano a guita tava cá
Era um malabarista na pista mas olha lá
Se não fizer aparecer a mim ninguém mo dá, boy
Índios e cowboys aos molhos lá na zona
No meu ghetto, mandamento é abre o olho
E fecha a boca e para tudo que ta lá dentro
Parado no tempo, brotha espera o teu momento
Porque a nossa vida é longa
O meu RAP é bomba, dizem que o meu RAP é bala, mau
Qualquer dia tou de cana a pala da merda da fama
Querem me fazer a cama mas mano eu digo xau
Na lama eu tive mal, és o social do bairro
Eu sou do bairro social
Hoje dou uso ao meu talento
Agora a Clara o sentimento
Ta na cara o momento do aumento capital
Repara a minha gente é diferente do igual
Na cara sentimento, senti menos que o normal
Sentes o meu batimento eu sinto o meu orçamento
E graças a nossa senhora a nossa gente não tá mal
Refrão
Desde criança que eu ouço sirenes e não (não)
Não quero isso para a minha vida
A rua nunca foi saída
Desde criança que eu ouço sirenes e não (não)
Não quero isso para a minha filha
Por isso procurei mudar de vida, mas...
compositores: Andre Silva
Você é fã de Piruka? Gosta da letra da música?
Compartilhe com seus amigos.