Te liberta dessa vida paralela, desconstrói as grades que te limitam nessa cela
tão cheia de vazio por onde te invade o frio as tuas primaveras
Te priva de olhar pela janela e então perceber que lá fora...
Os corações ainda insistem em se encontrar e respirar o mesmo ar,
emergindo de seus vastos mares particulares de dúvidas
Desprende e corta o fino fio daquilo tudo que fora jogado fora
No último eu das últimas horas
Os teus carnavais sempre passam de maneiras iguais
Tuas avenidas varridas de fantasias banais
Enquanto a dormência ocupa os lugares nos teus dias mais vulgares,
fecha os olhos pra sentir, esquece os ouvidos pra se ouvir
E aprendizado da fala certa se aquieta, aí o pensamento desperta,
mata de fome de nada, tanta necessidade plastificada, e não importa a cor
e não importa não, e não importa a cor que tens por fora,
a consciência ignora os privilégios
As diferenças exteriorizadas são apagadas
quando a gente entende que nada nos livra da queda (é perpendicular),
enquanto a vida erra na horizontal lá fora
E os corações ainda insistem em se encontrar e respirar o mesmo ar,
emergindo de seus vastos mares particulares de dúvidas
Os corações ainda insistem em se encontrar e respirar o mesmo ar,
imersos num mar de dúvidas, pulsando amor sem se entregar
Os corações sem se entregar
compositores: Felipe Taboada,Lucas Taboada,Luiz Alberto da Silva Filho,Dijjy Rodriguez
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