(Verso 1 - Rashid)
Tenho visto uns olhares na rua e sentido um vazio que eu nunca senti
Me desculpa a franqueza “my nigga” mas num foi mentindo que eu cheguei aqui
Pra quem gosta de ouvir só o que quer, eu recomendo trocar de MC
Falar pra agradar vende mais, mas quem agrada demais não agrada a si
Logo vi, sua revolta fajuta ignora minha luta febril
Quase 20 em Osasco, 12 em Salvador, nessas hora ninguém dá um pio
Sua cota é prever rolezinho e na porta do shopping barrar meu perfil
Me fazendo descer do “buzão” pra não ter arrastão numa praia do Rio (Né?)
Mas se eu sou o mal do milênio, poupe seu tempo, culpe meu gênio
Esqueça que me proibiram até de respirar o mesmo oxigênio
Igual o genocídio Armênio, isso o Rap já cantou pro povo
Minha tristeza é 20 anos depois ver que nada mudou, tem que falar tudo de novo
(Refrão - Rashid)
Homens falhos pegam suas ordens e chama de lei
Que são boas só pra quem se esconde na asa do rei
Veja a maioria são demônios em pele de frei
Gralhas distorcendo tudo o que eu falei…
Mas tá tudo ok, tudo ok,
É o futuro que eu herdei! (4x)
(Verso 2 - Rashid)
Anote o recado, anote o recado
Não descendo de escravos, descendo de reis que foram escravizados
E rainhas tão belas, cuja pele reluz igual diamante
E a mistura daqui tem feito vários divergir do seu semelhante
Mas se o assunto for blunt e pisante, punch nos falante
Eles trazem frisante, já são fã de Gandhi e Black Panther
Só que “cê chegou onti” e eu entendo a cultura seduz
Se quiser o paraíso primeiro sente o peso da cruz
Onde batem nos professores e alunos, quando penso eu mal durmo
Se o espírito visto na rua ainda tem o instinto do cabo Bruno
E esses Rap falando besteira por causa da pressa de bater 1 milhão
Devagar eu cheguei em milhões, abrindo meu coração
O mundo lá fora não vai te aceitar, mas eu não preciso de aprovação
Nunca me deram razão pra lutar, pra parar deram várias em compensação
Tudo que querem é me ver pelejar e meu barco afundando na depressão
Essa é a vida normal, a melhor escolha que eu fiz foi ir na contra-mão
(Refrão - Rashid)
Homens falhos pegam suas ordens e chama de lei
Que são boas só pra quem se esconde na asa do rei
Veja a maioria são demônios em pele de frei
Gralhas distorcendo tudo o que eu falei…
Mas tá tudo ok, tudo ok,
É o futuro que eu herdei! (4x)
……..
(Interlúdio - verso - Rashid)
“Cês” vem de Rap broca, rima brocha, o meu é broca nas muralha
Nas orelha mais que arrocha, “fi” de bamba igual a Mart’nália
Fio da navalha, de Wu Tang a Rakim
E o conteúdo que “cês” num tem eu juntei pra mim
Das plataforma de trem tras plataforma de stream
Moisés da rua, rachando quantos muro de Berlim?
Uns se dizem irmãos, me fazem lembrar de Caim
Quem tem visão vê o caminho, quem tem “zoião” vê só as Carmin
Humanos não me enganam
Preferem xingar o que não gostam do que exaltar o que amam
Olham pra onde fui e chiam
Mas se soubessem dos ’não’ que eu já falei, me amariam
Ponto de vista ou patifaria
Se até um relógio quebrado tá certo 2 vezes por dia
De quebrada eu sou cria, sem boi
E minhas ações já foram onde nem o seu discurso foi
“Toco y me voy”. Cada palavra é de cunho bélico
Canto pesado igual os corrido do México
“Cês” tão de diz-que-me-diz com essas diss
Que só nos separam ainda mais igual os Bee Gees
Please!?! Tem mais post que rima, para!
Maldita hora que deram o Facebook na mão desses cara
Ontem foi contra o sistema, legal
Hoje é dominado pelo sistema operacional
E quantos filho as mãe perde nas quebra?
Sou o futuro, vim tirar meus irmão da idade da pedra
Atroz, cá entre nós, “lek” veloz, “ói”
Livre de algoz, chora boy, venha de Rolls Royce
Que eu vou na voz de Niterói a Illinois
Dói em quem cresce o “zói” pois nossa luz vale por 2 sóis
Sou sonhador fora dos lençóis
Pra roubar a cena igual a Ellen Oléria fez no The Voice
Já vi casa cair, virar poeira
Vi carreira sumir (puf!) tipo quando os cara cheira
Mas permaneço inabalável irmão, num fujo
Porque eu jogo limpo mesmo em meio a tanto “bico sujo”!
compositores: Michel Dias Costa
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