Saudosa Maloca - Trem Das Onze
Si o senhor não istá lembrado
Dá licença de contá
Que aqui onde agora está
Esse edifício arto
Era uma casa véia
Um palacete abandonado
Foi ali seu moço
Que eu, Mato Grosso e o Joca
Construímos nossa maloca
Mais, um dia
Nóis nem pode se lembrá
Veio os home c'as ferramentas
O dono mandô derrubá
Peguemo toda a nossas coisa
E fumo pro meio da rua
Assistí a demolição
Que tristeza que nóis sentia
Cada táuba que caía
Duía no coração
Mato Grosso quis gritá
Mas em cima eu falei:
Os homi tá co'a razão
Nóis arranja outro lugá
Só se conformemos quando o Joca falou:
"Deus dá o frio conforme o cobertô"
E hoje nóis pega a praia nas grama do jardim
E prá esquecê nóis cantemos assim:
Saudosa maloca, maloca querida,
Que dim donde nóis passemos
Dias feliz de nossa vida...
Quas, quais, quas, quais
Quas, quais, quas, quais
Quas, quais, quas, quais
Quas, quais, quas, quais...
Não posso ficar
Nem mais um minuto com você
Sinto muito amor,
Mas não pode ser
Moro em Jaçanã,
Se eu perder esse trem
Que sai agora as onze horas
Só amanhã de manhã
Além disso mulher
Tem outra coisa,
Minha mãe não dorme
Enquanto eu não chegar,
Sou filho único
Tenho minha casa para olhar
E eu não posso ficar...
compositores: JOAO RUBINATO
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