Meu verso é livre, ninguém me cancela
Tipo Mandela saindo da cela
Minhas linha voando cheia de cerol
E dá dó das cabeça quando rela nela
Partiu para o baile, fugiu da balela
Batemos tambores, eles panela
Roubamos a cena, não tem canivete
As patty derrete, que nem muçarela
Quente que nem a chapinha no crespo, não
Crespos tão se armando
Faço questão de botar no meu texto que pretas e pretos estão se amando
Quente que nem o conhaque no copo, sim
Pro santo tamo derrubando
Aquele orgulho que já foi roubado na bola de meia vai recuperando
Vários homem bomba, pela quebrada
Tentando ser certo na linha errada
Vários homem bomba, bumbum granada
Se tem permissão, tamo dando sarrada
Se o rap é rua e na rua não tem as andança, porra nenhuma
Fica mais fácil fazer as tattoo e falar da cor da erva que fuma
Raiz africana, fiz aliança
Ponta de lança, Umbabarauma
De um jeito ofensivo, falando que isso é tipo macumba
Espero que suma
Música preta a gente assina
Funk é filho do gueto, assuma
Faço a trilha de quem vai dar dois e também faço a trilha de quem vai dar uma
Eu não faço o tipo de herói
Nem uso máscara estilo Zorro
Música é dádiva, não quero dívida
Eu não nego que quero o torro
Eu não nego que gosto de ouro
Eu não curto levar desaforo
Nesse filme eu sou o vilão
300, Rodrigo Santoro
Eu enfrento, coragem eu tomo
Me alimento nas ruas e somo
Restaurante, bares e moteis
É por esses lugares que como
Anjos e demônios me falaram, vamo
E no giro do louco nós fomos
A perdição, a salvação
A rua me serve, tipo mordomo
Tô burlando lei, picadilha rock
Quando falo rei, não é Presley
Olha o meu naipe, eu tô bem Snipes
Tô safadão, tô Wesley
Eu tô bonitão, tá ligado, fei
Se o padrão é branco, eu erradiquei
O meu som é um produto pra embelezar
Tipo Jequiti, tipo Mary Kay
Como MC, eu apareci
Pra me aparecer, eu ofereci
Umas rima quente, como Hennessy
Pra ficar mais claro, eu escureci
Aquele passado, não esqueci
Vou cantar autoestima que nem Leci
As vezes eu acerto, as vezes eu falho
Aqui é trabalho, igual Murici
A noite é preta e maravilhosa
Lupita Nyong’o
To perto do fogo que nem o couro de tambor numa roda de jongo
Nesse sufoco, tô dando soco, que nem Lango-Lango
Se a vida é um filme, meu Deus é que nem Tarantino, eu tô tipo Django
Amores e confusões
Curas e contusões
Fazendo minha mala, tô pique cigano
Tô sempre mudando de corações
Luz e decorações
Sorriso amarelo nas ilusões
Os preto é chave
Abram os portões
compositores: Rincon Sapiência
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