Então é isso, não há como intervir
Não há esforço que pare o que há de ser
A cada instante o hoje é menos meu
E mais do amanhã, que é do meu partir
Enquanto vejo o brilho da aurora de quem vem
Eu me pergunto o que vai ficar de mim
Aqui
O que vai restar no alvorecer?
Aos poucos vejo o tempo tornar tudo aqui um leve adeus
O jardim dela, que florescia aqui
Deu seu espaço a um piso sem cor
E o poeta que eu costumava ouvir
Já faz um tempo que de vez se calou
Enquanto o vento leva embora as marcas de onde eu vim
Eu te pergunto o que vai ficar de ti
Pra mim
O que vai restar no entardecer?
Aos poucos vejo o tempo tornar tudo aqui um leve adeus
Após a tarde dissipar a luz do que eu vivi
Vejo, à noite, enfim, deitar o que restou de mim
Aqui
O que vai restar no entardecer?
Aos poucos vejo o tempo tornar tudo aqui um leve adeus
Pra mim
O que vai restar no entardecer?
Aos poucos vejo o tempo tornar tudo aqui um leve adeus
Aos poucos vejo o tempo tornar tudo aqui
Um leve adeus
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