Numa bailanta enrustida de esfiapar tirador
Me gusta ser fiador da ponta do povaréu
Prendendo taxa de bota levando tudo por diante
E cuera nenhum garante que não acaba no céu
São três noitadas cuiudas de entortar boca de sapo
Pra se enxugar os guardanapos na polvadeira curtida
E pouco importa "la suerte" se cair os butiás dos “borso”
No meio do alvoroço vale é estar de bem com a vida
À toque de fole macho que vem à trote o Rio Grande
Mostrando que está no sangue a nossa essência baguala
Enquanto existir fandango animando estas noitadas
A cara da madrugada segue enrolada no pala
Sou gaúcho da campanha criado na doma bruta
E gosto de reculuta que traz perfume de china
Onde tem xixo da gaita à pavio de querosena
Minha vontade é morena no belisqueio da sina
Eu venho de uma estirpe que não renega o garrão
Meu interior é um galpão com a chama de antepassados
Quem sabe o porte do braço de marca, tarca e raiz
Contente porque é feliz todo o taura deste estado
À toque de fole macho que vem à trote o Rio Grande
Mostrando que está no sangue a nossa essência baguala
Enquanto existir fandango animando estas noitadas
A cara da madrugada segue enrolada no pala
compositores: Marcelo Noms,João Alberto Pretto
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