Eu sempre zombei da morte
Eu sô um cabra bem forte
Eu fui nascido no Norte
O mundo que me criô
Meu facão é aço puro
Eu jogo ele seguro
Eu brigo até no escuro
Não erro os taio que eu dô
Meu facão paguei bem caro
Eu comprei em Santo Amaro
Na zona dos brigadô
Nas noite de lua cheia
No arto ela clareia
E meu facão relampeia
Quando brigo aqui debaixo
Quem quizé me vê contente
Me ponha num tempo quente
No meio só de valente
E" coisa mio do mundo
Para mim é um bate fundo
Com meu facão de penacho.
Eu briguei na minha terra
Foi lá no pé de uma serra
Parecia uma guera
Deis cabra em cima de mim
Foi só facão que tinia
No meio dos ferro fria
Mostrei minha valentia
Nos deis cabra eu dei fim
Parece que Deus castiga
No lugá daquela briga
Nunca mais nasceu capim.
Estou correndo perigo
Tenho muitos inimigo
Prá morte eu poco ligo
Se ela vié me buscá
Eu sô um cabra largado
De vivê já tô cansado
Tenho dinheiro guardado
Sem sabê prá quem dechá
De vivê não faço empenho
Vô dechá tudo que tenho
Praquele que me matá.
compositores: Tonico,Ezaltino G. Paula
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