Posso fingir
Posso fugir
Posso voltar até o início
Posso insistir ou desistir
Contando os passos pro precipício
As vezes o que é lindo aos olhos
Pode ser podre ao coração
Sentado no canto da sala
Bebendo em golas a solidão
Hoje eu passei por tanta gente
Mas, mesmo assim estou deserto
Vagando en torno de mim mesmo
Entre o irreal e o concreto
Eu vejo um vulto em outro quarto
Que poderia ser o meu
Preso em arames tão farpados
Que o próprio tempo me envolveu.
compositores: Cal,Serginho Bastos,Marcelo Hayena
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