Tarde fria, noite morta
Não importa aonde vou
Todos os caminhos dão no mesmo
Esmo, meu amor
Eu sei onde você mora
Mas vou esperar a hora de dizer
Palavras que invento
E deixo o vento levar pra onde for
Minha boca grita e cala
E não revela qualquer dor
Pra se ver a luz demora
E o escuro me namora sem pudor
Deixo flores pela estrada afora
Migalhas no chão
Pr’eu não me perder
Não espero o sol e vou-me embora
Ouço a voz do vento a me dizer
Que nada respira
Sem que roce a pele em carne viva,
A dor
E tudo espera
Pela mágica da primavera,
A flor
Que nada respira
Sem que prove na saliva o sal
Da dor
E tudo espera
Pela mágica da primavera,
A flor
compositores: Jose De Ribamar Coelho Santos
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