Se estivesse vivo, nesta quinta-feira, 22, Luiz Gonzaga de Nascimento Junior, o Gonzaguinha, completaria 71 anos.
Filho de Luiz Gonzaga, o músico herdou do pai o modo simples de tocar o coração do povo por meio da música.
Gonzaguinha começou sua carreira em festivais universitários no fim dos anos 1960. Neste período, de forma zangada e áspera, suas músicas traziam letras contestadoras às ações do regime militar que havia se instalado no Brasil.
Com o passar do tempo, muito por conta da censura, o músico passou a falar mais sobre o amor em suas letras, mas sem perder o teor questionador.
Canções como "Começaria Tudo Outra Vez", "Não Dá Mais Pra Segurar (Explode Coração)", "Grito de Alerta" e "O que É o que É" são algumas que até hoje se mantém vivas entre os fãs da MPB.
Além de entoar suas próprias canções, Gonzaguinha viu muitos artistas consagrados darem vozes a suas composições: Maria Bethânia, Zizi Possi, Simone, Elis Regina, Fagner etc.
Dono de uma personalidade única, em 1975, o cantor rompeu contratos com empresários e passou a ser seu próprio agente. A maneira independente de atuar o fez fundar o selo Moleque, pelo qual lançou dois trabalhos.
O filho de Luiz Gonzaga faleceu em abril de 1991, vítima de acidente de um acidente de carro, quando retornava de um show feito no Paraná em destino a Belo Horizonte-MG, onde morava com sua família.