Demi Lovato contou no documentário "Demi Lovato: Dancing with the Devil", exibido no festival SXSW ontem, dia 16, uma revelação que chocou muita gente.
A cantora revelou que sofreu um abuso sexual aos 15 anos e que por muito tempo se culpou pelo acontecimento.
O documentário, que irá estrear no YouTube no próximo dia 23, conta a batalha da artista contra o vício de álcool, drogas e distúrbios alimentares que sofreu durante anos e traz relatos chocantes sobre a vida de Demi, como sua primeira relação sexual sem consentimento quando ainda vazia parte do time Disney.
"Eu perdi minha virgindade em um estupro. Me castiguei por anos e é também por isso que tive muita dificuldade em aceitar o fato de que foi um estupro [...] disse a mim mesma que era minha culpa, porque eu ainda fui para o quarto com ele. Eu ainda fiquei com ele", descreveu a "Cosmopolitan" sobre o documentário.
Demi também falou sobre seu distúrbio alimentar, uma das maneiras que encontrou para lidar com o abuso.
"Eu tive que ver essa pessoa o tempo todo, então parei de comer e enfrentei a situação de outras maneiras. A minha história do #MeToo sou eu contando a uma pessoa o que fizeram comigo e [o abusador] não teve problemas. Não foi tirado do filme que estava".
Outro relato que faz parte do documentário, é outro abuso sofrido, desta vez quando Demi foi vítima de um traficante, na época em que sofreu a overdose, em 24 de julho 2018.
"Me encontraram nua e azul. Ele me deixou na cama literalmente para morrer depois de se aproveitar de mim. Quando acordei no hospital, eles perguntaram se tínhamos feito sexo consensual. Tive um flash dele em cima de mim. Eu vi aquele flash e disse que sim. Só um mês depois da overdose que eu percebi: 'Você não estava em nenhum estado de espírito para tomar uma decisão consensual'".
A artista ainda relata que se está viva é porque foi encontrada no tempo certo.
"Os médicos disseram que, se minha assistente me encontrasse 10 minutos depois, eu não estaria mais aqui. Eu experimentei coisas que nunca tinha tomado. Metanfetamina, junto com MDMA, cocaína, maconha, álcool, oxicodona... Só isso já deveria ter me matado", conta depois de revelar que também passou a usar heroína e crack e que essa crise veio após 6 anos em que estava sóbria.
Demi teve três derrames, um ataque cardíaco, além de pneumonia e falência de múltiplos órgãos e até hoje lida com consequências da overdose, como danos cerebrais e pontos cegos na visão --que a impedem de dirigir. "Acho que as pessoas não percebem quão ruim a situação foi de verdade, eu tenho muita sorte de estar viva", resumiu.
Confira o trailer logo abaixo:
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